sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cidades Abandonadas.


      Se você já ouviu a música “cidade abandonada” gravada pela dupla Lourenço e Lourival, deve ter imaginado que ela tenha sido feita sob encomenda para cada uma das cidades Brasileiras. A buraqueira e o estado de abandono que a maioria das cidades vergonhosamente apresenta, parece já fazer parte de nosso cotidiano e por isso aceitamos como se tudo fosse normal. Se em algum momento da história administrativa das cidades, seus gestores conseguiram investir para fazer as benfeitorias, não dá pra entender o motivo pelo qual nossos atuais administradores não conseguem nem sequer manter e conservar as benfeitorias realizadas com tanto sacrifício no passado.
      O que parece lógico é que se havia dinheiro para construir o asfalto e as demais benfeitorias componentes do aparelhamento público, quando nossa carga de impostos era bem menor, não dá pra aceitar que com o crescente aumento de impostos implementado, principalmente nas duas últimas décadas, os nossos atuais gestores possam afirmar que não há recursos para a manutenção desse aparelhamento público já existente. Considerando que as benfeitorias dos novos loteamentos (asfalto, meio, feio, galerias, etc.) deixaram de ser responsabilidade dos Municípios, já que os proprietários dos loteamentos se obrigam a bancar todas as despesas com esses itens, restou aos Municípios apenas a tarefa de fazer a manutenção, com um custo infinitamente menor que o da construção.
      Infelizmente a manutenção, principalmente das ruas asfaltadas, é feita quando atinge o estado de calamidade pública e a população começa a fazer mobilizações para implorar providências a respeito. Quando interpelados pela imprensa, os gestores arranjam 500 mil desculpas esfarrapadas para tentar justificar o injustificável e disfarçar a incompetência. Manter a cidade limpa e arrumada é uma questão prioritária para qualquer gestor Brasileiro, afinal, é para isso que pagamos um dos mais altos impostos do planeta. Essa manutenção, feita sob pressão da população quando já há mais buracos do que asfalto, parece realizada para durar no máximo 06 meses, assim, o ciclo se repete, os buracos reaparecem, nova etapa de tapa-buracos é realizada a um custo, geralmente elevado, onerando ainda mais os cofres públicos.
      É preciso que as populações fiquem atentas a esses gestores que não cumprem suas verdadeiras obrigações e não estão nem aí para o povo. Logo, chega a hora de uma nova eleição e mais uma vez veremos mil e uma promessas que, como de costume, jamais serão cumpridas.

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