quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O GRANDE DILEMA

Estamos às vésperas de uma nova eleição majoritária que indicará os rumos da nossa nação pelos próximos quatro ou oito anos completamente cercados de incertezas e preocupações.
                Não é novidade que vivemos um delicado momento econômico, com o recrudescimento da inflação, crescimento espetacular dos gastos públicos e por consequência da dívida pública, encolhimento do Produto Interno Bruto, pulverização das reservas em dólares, índices negativos crescentes na balança comercial, redução da atividade industrial, aumento astronômico das dívidas pessoais e familiares,  aumento dos índices de desemprego, redução crescente da renda e por conta de congelamentos de preços e tarifas públicas, uma ameaça de disparada dos preços em geral, com a volta violenta da inflação,  que deverá a curto prazo atingir dois dígitos.
                Já vivemos esse drama antes do plano real e sabemos que estamos prestes a assistir de novo o mesmo filme, por conta de uma política econômica suicida e mal dirigida; de um governo que somente se preocupa com o poder a qualquer custo, sem focar nos rumos da nação; de um Congresso Nacional que tem como única e exclusiva meta a manutenção das benesses do poder e do status adquirido à custa do sofrido povo brasileiro.
                Sabemos que efetivado o resultado das eleições, seja lá quem for o eleito, teremos reajuste geral de preços e tarifas públicas, aumento das taxas de juros e por consequência a volta da inflação que tanto tememos, com efeitos desastrosos no bolso do povo brasileiro.
                O que mais preocupa em tudo isso é que nenhum dos três presidenciáveis tem a coragem e a decência de tocar no assunto, de botar a mão na ferida e apresentar uma proposta de governo viável, com soluções pontuais para os nossos maiores problemas – Saúde, educação e segurança – temas que são evitados pelos candidatos ou que são abordados superficialmente. Sobre a inflação, a dívida pública, a violenta carga tributária e a recessão que se aproxima, até agora nenhuma palavra foi dita pelos três concorrentes.
                O que vemos e assistimos diariamente é uma série de acusações de uns contra os outros e fica muito claro a total ausência de propostas, o vazio de conteúdo dos três presidenciáveis, a total ausência de firmeza das atitudes e o completo despreparo para assumir o cargo maior da política brasileira.
                Mais uma vez o drama se repete e o dilema se estreita! Percebemos a cada dia que simplesmente não temos opções e o que me vem à cabeça é o famoso bordão “se ficar o bicho pega e se correr o bicho come”. A cada novo discurso, a cada nova acusação, a cada nova descoberta, a cada nova reportagem sobre o comportamento dos candidatos, mais aumentam as nossas dúvidas e as nossas preocupações.            Infelizmente, seja lá qual for o resultado das urnas, para nós brasileiros o drama será o mesmo, esperar mais quatro anos na esperança de que surja algo novo na nossa política, mas que seja realmente novo, sem disfarces, sem maquiagem, sem remakes, sem fantasias e sem a tradicional demagogia dos nossos políticos.
                Não sei se esperar isso é demais, mas, torcemos por isso, para que daqui a quatro anos possamos resolver o nosso grande dilema: TER EM QUEM VOTAR!

Publicado na coluna OPINIÃO do jornal Enfoque Regional em setembro de 2014.

A CRÔNICA DE UM DESASTRE ANUNCIADO.

Os atores mais bem pagos do planeta fizeram apenas papel de coadjuvantes no palco da copa do mundo do Brasil.
A “Legião estrangeira”, que representou o Brasil em nossa tão falada COPA DO MUNDO, não passou de uma mera decepção e só serviu para envergonhar e depreciar o nosso futebol, até então respeitado no mundo inteiro.
                Essa copa deve representar um divisor de águas no que se refere ao respeito que até então tínhamos quando entrava em campo a famosa camisa canarinho, mais conhecida como “amarelinha”. Depois de duas vergonhosas e humilhantes derrotas é de se duvidar que qualquer  adversário daqui por diante tenha ou venha sentir “temor” diante de nossa equipe em qualquer que seja o evento do qual venha participar.
                Bem feito para a CBF, que é quem mais perde com isso, por ter tratado nosso futebol como um mero objeto financeiro.         
                Ganha o futebol brasileiro com a desvalorização de jogadores, que somados, recebem bilhões de dólares por ano para jogar em outros países
                Perdem os empresários que formam uma máfia montada apenas e com o único objetivo de faturar; sem olhar o lado desportivo que o futebol representa;
                Ganha o povo brasileiro, que parece ter despertado de um estado lascivo de hipnose coletiva, que via no futebol da nossa seleção, a cura de todos os males de nossa doente nação;
                Perdem os aproveitadores de plantão e os jogadores que não souberam honrar a camisa tão gloriosa que tiveram o privilégio de vestir.
                Só daqui a quatro anos saberemos se as humilhantes derrotas sofridas dentro casa serviram para alguma coisa, ou se a lição não serviu para absolutamente nada.