sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DIAS NEBULOSOS

O mundo vive em um clima de terrorismo total, os recentes acontecimentos ocorridos na França mostram bem o grau de radicalismo que algumas ideologias podem causar na cabeça de pessoas aculturadas e com pouco grau de conhecimento da realidade. No Brasil o Petismo atingiu seu grau máximo de radicalismo a ponto de algumas pessoas acharem que tudo o que está acontecendo no país é absolutamente NORMAL, uma normalidade doentia onde a grande mídia se rende aos encantos do dinheiro fácil oferecido pelos detentores do poder e as pessoas com maior nível de consciência se calam com medo de represálias.
O sentimento dos Brasileiros de verdade, aqueles que se preocupam com o país, com a propriedade privada e com os meios de produção é de que hoje não temos mais no país um governo. O que temos são os “DONOS DO BRASIL”, um grupo de pessoas que estão no poder e que querem controlar tudo, inclusive a nossa vontade, acham que são Deuses e que suas decisões devem ser acatadas e obedecidas por toda a nação, sem questionamentos, sem reclamações, sem protestos. Acham que todos nós devemos nos portar como cordeirinhos que vão para o abatedouro, somos o gado que eles exploram, o sangue que eles bebem. O suor que derramamos para produzir, manter o país funcionando e pagar nossos impostos são o combustível que eles utilizam para satisfazer suas necessidades de poder, multiplicar suas fortunas pessoais e sustentar a corja que lhes oferecem suporte popular. Quem trabalha e produz hoje no Brasil serve apenas de escada para que eles subam ainda mais na escala do poder. A impunidade do sistema e a sensação de que podem tudo e nada temem cria nas pessoas conscientes um clima de terror ante a possibilidade de nos depararmos com um futuro de dias nebulosos.
É preciso que as pessoas abram suas mentes para entender o momento político que vivemos e os perigos que isso representa para a nossa sociedade e para a democracia. Se ninguém fizer nada, a próxima etapa desse processo pode significar a invasão de nossas casas, de nossas propriedades e a socialização de nossos bens pessoais e dos meios de produção, que levamos décadas para conseguir com muito trabalho, dedicação e suor; de nossos patrimônios,  que para o detentores do poder não passa de RECURSOS SOCIAIS que devem ser distribuídos igualitariamente entre todos os VAMPIROS SOCIAIS, que são aqueles que vivem de sugar o sangue de quem trabalha e produz.

É preciso acordar, despertar para a realidade, antes que tenhamos nossas casas e nossas vidas invadidas por radicais que querem transformar um mundo em seus próprios quintais.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

COPIANDO O INIMIGO



Há 12 anos quando o Partido do Trabalhadores (PT) assumiu o governo o país gozava de uma estabilidade econômica "nunca antes vista na história deste país" com inflação sob controle, as contas externas balanceadas, o déficit público estancado e o chamado "déficit primário", economia que o governo faz para pagar o serviço da dívida, sempre superando as metas estabelecidas. O PT que tanto criticava o governo tucano simplesmente copiou de FHC a maneira de governar, conseguindo com isso grandes avanços sociais e um certo crescimento econômico, colocando o Brasil entre os principais países emergentes do planeta.
Acontece que voracidade do partido e os sonhos ditatoriais de Lula fez com que o partido deixasse de lado a cautela que até então reinava na maneira de governar, seguindo a receita do PSDB, somado à crise internacional, com a quebra dos bancos americanos e a crise que assolou as maiores economias do mundo, levou Lula a mudar tudo na economia e adotando uma política de crédito expansionista, voltada para o consumo e o endividamento das famílias, turbinada por bilhões de reais distribuidos através dos programas sociais do Governo Federal, focando toda a nossa economia no consumismo e na expansão do crédito fácil.
Ao assumir o terceiro mandato com Dilma o PT já não conseguiu mais manter o mesmo ritmo de crescimento e vimos a inflação recrudescer de forma lenta e crescente, fazendo com que as metas estabelecidas fossem constantemente revistas em virtude do pífio crescimento do PIB e do violento endividamento das famílias.
Sem rumo e sem timoneiro nossa economia desabou e sobre ela os escândalos dos saque às estatais, empréstimos suspeitos e secretos sem o devido lastro, falta de controle da inflação, redução das reservas cambias, superdesvalorização de nossa moeda, descontrole total das contas públicas, gastos públicos maiores que a arrecadação e a corrupção que tomou conta de todo o país, a começar pela presidência (que nunca sabe da nada), até as nossas falidas e combalidas prefeituras, afinal, o exemplo ruim vem de cima, se os governantes maiores roubam, então pela lógica todos podem roubar porque tecnicamente não haverá punição para ninguem, já que os grandes escândalos acabam por abafar e esconder os furtos menores praticados contra estados e Municípios.
Passada as eleições, o que estamos assistindo é mais uma vez o PT literalmente "copiando" os planos de governo do PSDB, este derrotado nas eleições, mas fortalecido pela enxurrada de denûncias que encurralam cada vez mais o governo e colocam a Presidenta numa camisa de força, refem de partidos como o PMDB, que nunca foi governo, mas que sempre governou e dá as cartas da maneira que mais lhe convem.
A última e desesperada atitude do governo de cortar benefícios sociais foi exatamente um dos argumentos que Dilma utilizou para tentar convencer seus mal informados eleitores de que seria o PSDB que faria o que ela fez. Mais uma vez o PT mostrou que não tem capacidade nem competência para governar e se os fatos recentes sobre corrupção, mais as denuncias que irão pipocar nos próximos meses não levarem a Presidenta ao total isolamento e até mesmo uma possível renûncia, é possivel que acabe por sofrer um novo impeachment.
De qualquer forma, devemos nos preparar para dias, meses e anos difíceis pela frente, porque os estragos que o PT causou ao país tão cedo não serão reparados.




sábado, 25 de outubro de 2014

BOLSA FAMÍLA OU ÓPIO DO POVO




VAMOS RELEMBRAR: Causou um enorme alvoroço a boataria espalhada meses atrás em relação ao final do Programa Bolsa Família. Caos no sistema bancário, pancadaria, quebra-quebra, alerta das autoridades policiais em algumas capitais, Correria, desespero, pânico, mobilização das massas em populações de baixa renda, troca de acusações entre governo e oposição, oportunismo da imprensa e muita discussão nas redes sociais. Não se sabe como, quem, ou o porquê do boato ter sido espalhado, mas com certeza a maneira como a notícia se propagou funcionou como se um rastilho de pólvora tivesse sido aceso e o resultado foi o caos causado pelo boato, principalmente nas agências da Caixa Econômica, gestora do programa, que teve que mobilizar funcionários e recursos durante o final de semana, para poder disponibilizar antecipadamente os pagamentos, antes que a situação de revolta causada na população viesse a provocar mais estragos e depredações em suas Agências.
Bastou a noticia se espalhar para que o povão, de forma rude, promovesse a invasão das agências da Caixa com o e intuito de “pegar” o dinheiro, antes que o programa fosse suspenso, conforme previam os boatos. O que se viu em reportagens na TV, fotos nos jornais e notícias na Internet, foi uma horda de jovens extremamente saudáveis e bem vestidos engrossando o cordão dos baderneiros que promoviam quebra-quebra e replicavam os boatos, aumentando o pânico e promovendo a desordem. Ao invés de pessoas idosas, deficientes ou pobres coitados que enfrentam dificuldade e necessitam dessa ajuda governamental para sobreviver, o que pode ser visto foi um grupo de pessoas de ótima aparência e ótima disposição, inclusive para promover a quebradeira, buscando os terminais de saque para lançar mão do recurso.
Se o que os noticiários mostraram for verdadeiramente o retrato do bolsa família, então podemos concluir que o programa não passa de uma balela para beneficiar espertalhões e preguiçosos de plantão, que tentam sobrevier à custa dessa merreca oferecida pelo governo como esmola, para tentar manter o domínio das massas.
O que ficou claro com o episódio é o total fracasso do programa, apenas uma muleta que ao invés de ser verdadeiramente um programa social de inclusão das camadas mais pobres, se transformou em sinônimo de ociosidade, signo de esmolas e falta de dignidade, gerador de dependência, carregado de demagogia, uma ilusão financeira que simplesmente transfere recursos arrecadados de impostos escorchantes, que são pagos inclusive pelos próprios beneficiários; a moderna representação do pão e circo praticada pelos imperadores romanos; não resolve as causas da pobreza, mas amplia os efeitos por estimular a vagabundagem e a ociosidade, por afastar as pessoas do trabalho e impedir o empreendedorismo; é antiético porque não exige contrapartida dos beneficiários, mas sim da sociedade como um todo; não é devidamente fiscalizado, permitindo que a maior parte dos recursos acabe sendo utilizados para sustentação do vício em bebidas, drogas e cigarros; péssimo exemplo para os mais novos; transforma as camadas mais pobres em “gado para abastecer os currais eleitorais” permitindo facilidade na manipulação das massas, e; possui visão de curto prazo por não apresentar perspectivas de melhoria futura de vida para seus beneficiários.
Dessa forma, o programa poderia se chamar bolsa esmola, por ser fruto de uma política assistencialista, que tem como único objetivo tirar proveito da miséria humana ao sustentar a ociosidade dessas camadas populacionais e mantê-las nessa situação degradante ao tirar-lhes a perspectiva de tentar melhorar de vida por conta própria, buscando um emprego com salário decente. Assim, vira prato cheio para os políticos inescrupulosos que vendem o programa como uma boa ação e tiram dele uso político/eleitoral para manipular as massas e conseguir os chamados votos de cabresto.
O que verdadeiramente precisamos é de programas que visem à geração de empregos, que dêem um pouco de dignidade e salários justos para essas populações; escolas públicas de qualidade para melhorar a cultura, a civilidade e a cidadania de nossos jovens e que os ensine a pensar, a racionar e entender que a prosperidade, o crescimento econômico saudável e sustentável para que nossa sociedade possa ter um futuro social e político digno, passa pela educação, pela perseverança, pelo trabalho e pelo empreendedorismo e não pelo ócio oferecido ao povo como droga para anestesiar suas angústias. Quando nossos governantes compreenderem pra valer que para sermos uma nação forte basta investir adequadamente numa educação pública de qualidade, os resultados surgirão automaticamente num futuro bem próximo. A continuar dando esmolas ao povo e a oferecer pão e circo com medidas paternalistas e eleitoreiras, ao invés de educação de verdade e emprego de qualidade, continuaremos a caminhar na contra mão da história.

sábado, 11 de outubro de 2014

LIXO ELEITORAL

   Mais um período eleitoral se passa com a repetição das mesmas cenas de pleitos anteriores, primeiro a poluição visual e auditiva da propaganda de rua e, no final, o emporcalhamento das ruas, avenidas e seções eleitorais, com a descarga de todos os “santinhos” e materiais que restaram com os coordenadores de campanha e os cabos eleitorais de grande parte dos candidatos.
   O que restou nas ruas após o fechamento das urnas foi somente um montão de lixo que soma toneladas de papel desperdiçadas na farra das campanhas milionárias, principalmente dos candidatos a deputado, que brigaram voto a voto para tentar conseguir, na grande maioria dos casos, a reeleição, um vício no nosso sistema político que transformou cargos eletivos em negócios de família que passa de avô pra pai, de pai pra filho e de filho pra neto. Pior de tudo isso é que sabemos muito bem de onde sai o dinheiro para alimentar esse maldito processo que consome bilhões de reais, gastos pelos candidatos, que serão devidamente “recuperados” pelos eleitos com aquele “jeitinho brasileiro” que bem conhecemos.
   A corrupção em nosso país tem raízes fincadas no nosso sistema eleitoral ultrapassado, feito por encomenda para favorecer quem ocupa os cargos de poder, através de expedientes bem conhecidos do povo brasileiro, perpetuando assim a corrupção do sistema e os golpes aplicados sobre o dinheiro do povo.
   Exemplos disso não nos falta: o mensalão, o escândalo da Petrobras, os desvios trilionarios das obras da copa do mundo e as obras que consomem bilhões e nunca são concluídas.
   Finalmente o primeiro turno se foi e agora resta somente a luta entre os dois candidatos ao cargo maior da república que será travado especialmente no rádio e na TV, eliminando a maior parte do lixo e da poluição que ocupava nossas ruas.
  Felizmente o lixo das ruas pode ser recolhido e devidamente reciclado, eliminando assim o problema local, mas, o verdadeiro lixo produzido pelo nosso falido e desmoralizado sistema político vai ficar atrapalhando a nossa vida por longos quatro anos, uma vez que o verdadeiro lixo eleitoral que resultou das eleições vai estar em Curitiba, em Brasília e em todas as demais capitais brasileiras até as próximas eleições, um lixo chamado CLASSE POLÍTICA.

Autor: Francisco Ricci – Economista.(ARTIGO PUBLICADO NA COLUNA "OPINIÃO" DO JORNAL ENFOQUE REGIONAL DE 11/10;2014.)


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O GRANDE DILEMA

Estamos às vésperas de uma nova eleição majoritária que indicará os rumos da nossa nação pelos próximos quatro ou oito anos completamente cercados de incertezas e preocupações.
                Não é novidade que vivemos um delicado momento econômico, com o recrudescimento da inflação, crescimento espetacular dos gastos públicos e por consequência da dívida pública, encolhimento do Produto Interno Bruto, pulverização das reservas em dólares, índices negativos crescentes na balança comercial, redução da atividade industrial, aumento astronômico das dívidas pessoais e familiares,  aumento dos índices de desemprego, redução crescente da renda e por conta de congelamentos de preços e tarifas públicas, uma ameaça de disparada dos preços em geral, com a volta violenta da inflação,  que deverá a curto prazo atingir dois dígitos.
                Já vivemos esse drama antes do plano real e sabemos que estamos prestes a assistir de novo o mesmo filme, por conta de uma política econômica suicida e mal dirigida; de um governo que somente se preocupa com o poder a qualquer custo, sem focar nos rumos da nação; de um Congresso Nacional que tem como única e exclusiva meta a manutenção das benesses do poder e do status adquirido à custa do sofrido povo brasileiro.
                Sabemos que efetivado o resultado das eleições, seja lá quem for o eleito, teremos reajuste geral de preços e tarifas públicas, aumento das taxas de juros e por consequência a volta da inflação que tanto tememos, com efeitos desastrosos no bolso do povo brasileiro.
                O que mais preocupa em tudo isso é que nenhum dos três presidenciáveis tem a coragem e a decência de tocar no assunto, de botar a mão na ferida e apresentar uma proposta de governo viável, com soluções pontuais para os nossos maiores problemas – Saúde, educação e segurança – temas que são evitados pelos candidatos ou que são abordados superficialmente. Sobre a inflação, a dívida pública, a violenta carga tributária e a recessão que se aproxima, até agora nenhuma palavra foi dita pelos três concorrentes.
                O que vemos e assistimos diariamente é uma série de acusações de uns contra os outros e fica muito claro a total ausência de propostas, o vazio de conteúdo dos três presidenciáveis, a total ausência de firmeza das atitudes e o completo despreparo para assumir o cargo maior da política brasileira.
                Mais uma vez o drama se repete e o dilema se estreita! Percebemos a cada dia que simplesmente não temos opções e o que me vem à cabeça é o famoso bordão “se ficar o bicho pega e se correr o bicho come”. A cada novo discurso, a cada nova acusação, a cada nova descoberta, a cada nova reportagem sobre o comportamento dos candidatos, mais aumentam as nossas dúvidas e as nossas preocupações.            Infelizmente, seja lá qual for o resultado das urnas, para nós brasileiros o drama será o mesmo, esperar mais quatro anos na esperança de que surja algo novo na nossa política, mas que seja realmente novo, sem disfarces, sem maquiagem, sem remakes, sem fantasias e sem a tradicional demagogia dos nossos políticos.
                Não sei se esperar isso é demais, mas, torcemos por isso, para que daqui a quatro anos possamos resolver o nosso grande dilema: TER EM QUEM VOTAR!

Publicado na coluna OPINIÃO do jornal Enfoque Regional em setembro de 2014.

A CRÔNICA DE UM DESASTRE ANUNCIADO.

Os atores mais bem pagos do planeta fizeram apenas papel de coadjuvantes no palco da copa do mundo do Brasil.
A “Legião estrangeira”, que representou o Brasil em nossa tão falada COPA DO MUNDO, não passou de uma mera decepção e só serviu para envergonhar e depreciar o nosso futebol, até então respeitado no mundo inteiro.
                Essa copa deve representar um divisor de águas no que se refere ao respeito que até então tínhamos quando entrava em campo a famosa camisa canarinho, mais conhecida como “amarelinha”. Depois de duas vergonhosas e humilhantes derrotas é de se duvidar que qualquer  adversário daqui por diante tenha ou venha sentir “temor” diante de nossa equipe em qualquer que seja o evento do qual venha participar.
                Bem feito para a CBF, que é quem mais perde com isso, por ter tratado nosso futebol como um mero objeto financeiro.         
                Ganha o futebol brasileiro com a desvalorização de jogadores, que somados, recebem bilhões de dólares por ano para jogar em outros países
                Perdem os empresários que formam uma máfia montada apenas e com o único objetivo de faturar; sem olhar o lado desportivo que o futebol representa;
                Ganha o povo brasileiro, que parece ter despertado de um estado lascivo de hipnose coletiva, que via no futebol da nossa seleção, a cura de todos os males de nossa doente nação;
                Perdem os aproveitadores de plantão e os jogadores que não souberam honrar a camisa tão gloriosa que tiveram o privilégio de vestir.
                Só daqui a quatro anos saberemos se as humilhantes derrotas sofridas dentro casa serviram para alguma coisa, ou se a lição não serviu para absolutamente nada.  


domingo, 24 de novembro de 2013

PRECONCEITO?

Ultimamente ando vendo e ouvindo coisas que não fazem nexo, não levam a nada, é irracional do ponto de vista humano e extrapola o sentido de “normalidade” das coisas. Vejo todo dia pessoas reclamando e gritando nas redes sociais, criticando o governo (mania de Brasileiro que vejo e ouço desde criancinha), descendo a ripa na Dilma, na turma do PT, nos figurões do Mensalão, debitando aos atuais governantes todas as desgraças acontecidas neste país, desde o descobrimento pelos Portugueses até os dias de hoje.
Um desses “radicais” que se diz anti PT, me contou o porquê de tanta ira. Ao que  parece a “raiva” acumulada durante esses 10 anos de governo petista tem a ver - com o excesso de carros no trânsito, que segundo ele, hoje qualquer mequetrefe consegue comprar um carro, desgraçando o trânsito e o sossego da classe média; Com o entupimento dos aeroportos, afinal, até porteiro de garagem consegue viajar de avião; Com a superlotação dos Shoppings Centers, que hoje é dominado pela ralé, quando antes era somente desfrutado pelas classes privilegiadas. Irrita o fato de que até catador de papel tenha computador e telefone celular, que as casas, mesmo as mais humildes estejam “entupidas” de eletro domésticos, eletrônicos e móveis de última geração; que qualquer assalariado consegue construir a sua própria casa de alvenaria; que mesmo nas favelas existem aparelhos de ar condicionado e conexões de internet, antes, privilégio de poucos. Segundo o sujeito, a sociedade virou um verdadeiro “horror”, um pandemônio, onde pobre pensa que virou gente e sem a menor cerimônia se atreve a freqüentar ambientes sociais e se “misturar” com gente de pedigree. Pior de tudo, vociferou o reclamante, eles estão em todos os lugares, nas lanchonetes, nos restaurantes chiques, nas pizzarias, nos bares, nos clubes, nos bailes e nos acontecimentos sociais. Já invadiram as universidades, antes só freqüentadas por quem “podia”, os Shoppings, os aeroportos, as vagas de estacionamento, as escolas particulares, os cursos de medicina, odontologia e direito, um verdadeiro “inferno na terra” segundo a visão do zangado cidadão. O cara foi mais longe ainda, me disse que odeia o Lula porque o cara prometeu em sua campanha que daria ao trabalhador Brasileiro o direito de ter pelo menos três refeições por dia e foi muito além disso. Desgraçadamente permitiu que essa “gentalha” melhorasse a renda, as condições de vida, de alimentação, de bens materiais, de saúde, de educação e permitiu que mudassem de classe e passassem a “invadir” o espaço das pessoas de classe e nível superior, um verdadeiro absurdo, segundo o reclamante chorão.
Diante de tantas explicações acabei ficando sem fôlego e decidi que “discutir” com um sujeito desses é o mesmo que tentar argumentar com uma porta, então decidi me calar e escrever esse artigo, que sei já de antemão, vai causar muita polêmica, porque a moda atual na mídia e nas redes sociais é criticar e “malhar” o PT.
Não sou nem de perto um aficionado do PT, na forma como o partido vem atuando, mas seria um imbecil se não reconhecesse que esses dez anos de governo PT mudaram a cara do nosso país, para desespero e frustração de seus críticos, que conta em sua composição a elite dominante, a imprensa e a grande mídia, que odeia qualquer ideia socialista e radicaliza quando o assunto é distribuição de renda e benefícios sociais.
E a corrupção? Ela existe, todos nós sabemos. Desde que os Portugueses aportaram em nossas praias, nossos governantes sempre deram um jeitinho de empurrar a sujeira para debaixo do tapete e os grandes escândalos conhecidos durante o era PSDB nunca foram apurados, o mensalão Tucano virou pó e os golpes das privatizações que foram aplicados à nação nunca foram investigados e todas as CPIs apontadas pelas oposições daquela época foram abafadas pelo governo, ao contrário do que vem acontecendo no período atual onde os grandes escândalos estão sendo desvendados, os envolvidos recebendo as punições e as leis sendo modificadas para dificultar as falcatruas.

            Enquanto as elites “esperneiam”, o “povão” vai ditando as novas regras do jogo na política Brasileira, como apontam as pesquisas de opinião, que indicam a atual governante como favoritíssima pra “faturar” mais uma, sem direito ao segundo turno. Quem viver verá!