sábado, 25 de outubro de 2014

BOLSA FAMÍLA OU ÓPIO DO POVO




VAMOS RELEMBRAR: Causou um enorme alvoroço a boataria espalhada meses atrás em relação ao final do Programa Bolsa Família. Caos no sistema bancário, pancadaria, quebra-quebra, alerta das autoridades policiais em algumas capitais, Correria, desespero, pânico, mobilização das massas em populações de baixa renda, troca de acusações entre governo e oposição, oportunismo da imprensa e muita discussão nas redes sociais. Não se sabe como, quem, ou o porquê do boato ter sido espalhado, mas com certeza a maneira como a notícia se propagou funcionou como se um rastilho de pólvora tivesse sido aceso e o resultado foi o caos causado pelo boato, principalmente nas agências da Caixa Econômica, gestora do programa, que teve que mobilizar funcionários e recursos durante o final de semana, para poder disponibilizar antecipadamente os pagamentos, antes que a situação de revolta causada na população viesse a provocar mais estragos e depredações em suas Agências.
Bastou a noticia se espalhar para que o povão, de forma rude, promovesse a invasão das agências da Caixa com o e intuito de “pegar” o dinheiro, antes que o programa fosse suspenso, conforme previam os boatos. O que se viu em reportagens na TV, fotos nos jornais e notícias na Internet, foi uma horda de jovens extremamente saudáveis e bem vestidos engrossando o cordão dos baderneiros que promoviam quebra-quebra e replicavam os boatos, aumentando o pânico e promovendo a desordem. Ao invés de pessoas idosas, deficientes ou pobres coitados que enfrentam dificuldade e necessitam dessa ajuda governamental para sobreviver, o que pode ser visto foi um grupo de pessoas de ótima aparência e ótima disposição, inclusive para promover a quebradeira, buscando os terminais de saque para lançar mão do recurso.
Se o que os noticiários mostraram for verdadeiramente o retrato do bolsa família, então podemos concluir que o programa não passa de uma balela para beneficiar espertalhões e preguiçosos de plantão, que tentam sobrevier à custa dessa merreca oferecida pelo governo como esmola, para tentar manter o domínio das massas.
O que ficou claro com o episódio é o total fracasso do programa, apenas uma muleta que ao invés de ser verdadeiramente um programa social de inclusão das camadas mais pobres, se transformou em sinônimo de ociosidade, signo de esmolas e falta de dignidade, gerador de dependência, carregado de demagogia, uma ilusão financeira que simplesmente transfere recursos arrecadados de impostos escorchantes, que são pagos inclusive pelos próprios beneficiários; a moderna representação do pão e circo praticada pelos imperadores romanos; não resolve as causas da pobreza, mas amplia os efeitos por estimular a vagabundagem e a ociosidade, por afastar as pessoas do trabalho e impedir o empreendedorismo; é antiético porque não exige contrapartida dos beneficiários, mas sim da sociedade como um todo; não é devidamente fiscalizado, permitindo que a maior parte dos recursos acabe sendo utilizados para sustentação do vício em bebidas, drogas e cigarros; péssimo exemplo para os mais novos; transforma as camadas mais pobres em “gado para abastecer os currais eleitorais” permitindo facilidade na manipulação das massas, e; possui visão de curto prazo por não apresentar perspectivas de melhoria futura de vida para seus beneficiários.
Dessa forma, o programa poderia se chamar bolsa esmola, por ser fruto de uma política assistencialista, que tem como único objetivo tirar proveito da miséria humana ao sustentar a ociosidade dessas camadas populacionais e mantê-las nessa situação degradante ao tirar-lhes a perspectiva de tentar melhorar de vida por conta própria, buscando um emprego com salário decente. Assim, vira prato cheio para os políticos inescrupulosos que vendem o programa como uma boa ação e tiram dele uso político/eleitoral para manipular as massas e conseguir os chamados votos de cabresto.
O que verdadeiramente precisamos é de programas que visem à geração de empregos, que dêem um pouco de dignidade e salários justos para essas populações; escolas públicas de qualidade para melhorar a cultura, a civilidade e a cidadania de nossos jovens e que os ensine a pensar, a racionar e entender que a prosperidade, o crescimento econômico saudável e sustentável para que nossa sociedade possa ter um futuro social e político digno, passa pela educação, pela perseverança, pelo trabalho e pelo empreendedorismo e não pelo ócio oferecido ao povo como droga para anestesiar suas angústias. Quando nossos governantes compreenderem pra valer que para sermos uma nação forte basta investir adequadamente numa educação pública de qualidade, os resultados surgirão automaticamente num futuro bem próximo. A continuar dando esmolas ao povo e a oferecer pão e circo com medidas paternalistas e eleitoreiras, ao invés de educação de verdade e emprego de qualidade, continuaremos a caminhar na contra mão da história.

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