segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O MOVIMENTO DA COVARDIA



                Nestes últimos dias temos assistindo com apreensão um triste e pavoroso espetáculo de intransigência que atinge o mais alto grau de irresponsabilidade. A greve dos servidores públicos federais deixou de ser uma reivindicação de categoria e se transformou numa insensata, burra e desiquilibrada luta de uma classe de privilegiados contra toda a nação Brasileira. Se o objetivo era desestabilizar o país, parece que chegaram bem perto disso. A intransigência presente no movimento tenta fazer com que a nação inteira fique submissa a esses bandidos, que se esquecem de que o dinheiro que paga seus gordos e polpudos salários saem de nossos bolsos, fruto de nosso trabalho e dos impostos que pagamos com grande sacrifício. Para eles não existe limites, nem crise. Querem apenas arrancar o couro da nação. Não importa que suportemos uma das maiores cargas tributárias do planeta. Querem sempre mais e para obter o que desejam, praticam o terrorismo de estado, num flagrante desrespeito aos patrões – O Povo Brasileiro - que terá mais uma vez que pagar a conta, caso as absurdas exigências sejam atendidas.
                Os grevistas reclamam de seus salários e querem aumentos muito superiores à inflação. Como o governo não tem previsão orçamentária nem caixa para as absurdas reinvindicações criou-se o impasse e aconteceu a famigerada greve com evidentes táticas terroristas. Como consequência começamos a ter problemas com desabastecimento de produtos de origem vegetal e animal, crise no transporte com enormes prejuízos à iniciativa privada, crise na importação e exportação devido ao movimento, falta de remédios, medicamentos, desabastecimento de hospitais e laboratórios que sentem as consequências da falta de produtos químicos importados e que são fundamentais à indústria farmacêutica, perda de produtos perecíveis, que apodrecem nas filas das operações padrão, total falta de segurança em nossas fronteiras e dezenas de outros problemas e consequências do movimento, como tem demonstrando a grande mídia.
                Sabemos que em uma democracia o direito de greve deve ser respeitado, no entanto, no caso dos servidores públicos federais a característica do movimento é apenas o de confronto, senão vejamos alguns números: A taxa de inflação acumulada no período 2003-2012 (governos Lula/Dilma) foi de 70%; nesse período o reajuste médio do funcionalismo foi de 170%, ou seja, quase duas vezes e meia acima do índice de inflação; enquanto um trabalhador da iniciativa privada ganha em média R$ 1.650,00, os funcionários públicos recebem em média R$ 7.690,00, quase cinco vezes mais (dados do IBGE/2010); salário inicial da Policia Federal R$ 7.818,00. É claro que dentre as diversas categorias de servidores existem salários menores e injustos, mas juntar todos os gatos no mesmo saco não é a tática correta para corrigir distorções.
Os servidores públicos são os maiores salários da república e ainda reclamam e fazem greve. Ignoram que vivemos em um país onde o salário mínimo, que representa a remuneração de cerca de 80% da nossa população, não chega a R$ 700,00 por mês e que o salário médio da população não chega a R$ 2.000,00/mês. Dinheiro não brota em árvores nem em quintais de pessoas, que num país de pobres, possuem o privilégio de frequentar as melhores escolas particulares, os melhores clubes, possuírem os veículos mais caros, apartamentos de alto padrão, aposentadorias com vencimentos integrais e outras dezenas de vantagens e mordomias que só existem em certos segmentos do funcionalismo público. Se o governo atender essas absurdas exigências, quem vai pagar a conta somos nós, pobres mortais que vivemos no planeta terra, enquanto esse bando de baderneiros que se locupletam com o fruto de nosso suor e dos altos impostos que pagamos, vivem no "olimpo". Já passou da hora do governo tomar uma providencia e acabar com essa farra sustentada com o dinheiro do povo. Fazer greve é um direito, mas afrontar as leis do país e tentar transformar o Brasil de amanhã na Grécia de Hoje é mais que ilegal.  É covardia!
Se não estão satisfeitos com os altos salários que recebem, peçam demissão, arranjem um passaporte e tentem um emprego na Grécia, em Portugal ou na Espanha. Lá, os governos são perdulários e concedem altas vantagens aos funcionários públicos.
AUTOR: Francisco Ricci – Economista.

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