Nestes últimos dias temos assistindo com apreensão um
triste e pavoroso espetáculo de intransigência que atinge o mais alto grau de
irresponsabilidade. A greve dos servidores públicos federais deixou de ser uma
reivindicação de categoria e se transformou numa insensata, burra e
desiquilibrada luta de uma classe de privilegiados contra toda a nação
Brasileira. Se o objetivo era desestabilizar o país, parece que chegaram bem
perto disso. A intransigência presente no movimento tenta fazer com que a nação
inteira fique submissa a esses bandidos, que se esquecem de que o dinheiro que
paga seus gordos e polpudos salários saem de nossos bolsos, fruto de nosso
trabalho e dos impostos que pagamos com grande sacrifício. Para eles não existe
limites, nem crise. Querem apenas arrancar o couro da nação. Não importa que
suportemos uma das maiores cargas tributárias do planeta. Querem sempre mais e
para obter o que desejam, praticam o terrorismo de estado, num flagrante
desrespeito aos patrões – O Povo Brasileiro - que terá mais uma vez que pagar a
conta, caso as absurdas exigências sejam atendidas.
Os grevistas reclamam de seus salários e querem
aumentos muito superiores à inflação. Como o governo não tem previsão
orçamentária nem caixa para as absurdas reinvindicações criou-se o impasse e aconteceu
a famigerada greve com evidentes táticas terroristas. Como consequência
começamos a ter problemas com desabastecimento de produtos de origem vegetal e
animal, crise no transporte com enormes prejuízos à iniciativa privada, crise
na importação e exportação devido ao movimento, falta de remédios,
medicamentos, desabastecimento de hospitais e laboratórios que sentem as
consequências da falta de produtos químicos importados e que são fundamentais à
indústria farmacêutica, perda de produtos perecíveis, que apodrecem nas filas
das operações padrão, total falta de segurança em nossas fronteiras e dezenas
de outros problemas e consequências do movimento, como tem demonstrando a
grande mídia.
Sabemos que em uma democracia o direito de greve deve
ser respeitado, no entanto, no caso dos servidores públicos federais a
característica do movimento é apenas o de confronto, senão vejamos alguns
números: A taxa de inflação acumulada no período 2003-2012 (governos Lula/Dilma)
foi de 70%; nesse período o reajuste médio do funcionalismo foi de 170%, ou
seja, quase duas vezes e meia acima do índice de inflação; enquanto um
trabalhador da iniciativa privada ganha em média R$ 1.650,00, os funcionários
públicos recebem em média R$ 7.690,00, quase cinco vezes mais (dados do
IBGE/2010); salário inicial da Policia Federal R$ 7.818,00. É claro que dentre
as diversas categorias de servidores existem salários menores e injustos, mas
juntar todos os gatos no mesmo saco não é a tática correta para corrigir
distorções.
Os
servidores públicos são os maiores salários da república e ainda reclamam e
fazem greve. Ignoram que vivemos em um país onde o salário mínimo, que
representa a remuneração de cerca de 80% da nossa população, não chega a R$
700,00 por mês e que o salário médio da população não chega a R$ 2.000,00/mês.
Dinheiro não brota em árvores nem em quintais de pessoas, que num país de
pobres, possuem o privilégio de frequentar as melhores escolas particulares, os
melhores clubes, possuírem os veículos mais caros, apartamentos de alto padrão,
aposentadorias com vencimentos integrais e outras dezenas de vantagens e
mordomias que só existem em certos segmentos do funcionalismo público. Se o governo
atender essas absurdas exigências, quem vai pagar a conta somos nós, pobres
mortais que vivemos no planeta terra, enquanto esse bando de baderneiros que se
locupletam com o fruto de nosso suor e dos altos impostos que pagamos, vivem no
"olimpo". Já passou da hora do governo tomar uma providencia e acabar
com essa farra sustentada com o dinheiro do povo. Fazer greve é um direito, mas
afrontar as leis do país e tentar transformar o Brasil de amanhã na Grécia de
Hoje é mais que ilegal. É covardia!
Se não
estão satisfeitos com os altos salários que recebem, peçam demissão, arranjem um
passaporte e tentem um emprego na Grécia, em Portugal ou na Espanha. Lá, os
governos são perdulários e concedem altas vantagens aos funcionários públicos.
AUTOR: Francisco Ricci –
Economista.
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